quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sin City



'Tem filmes que a gente assiste num dia e acha uma coisa, depois vê o filme de novo num outro dia e acha outra coisa.'
Pra mim Sin City foi assim. Gostei muito da primeira vez e da segunda já não gostei tanto.
Por que isso acontece? Lembrando de alguns filósofos, seria porque 'nunca entramos num mesmo rio duas vezes'? (O rio muda, nós mudamos também...)
Pode ser.
Da primeira vez assisti no cinema, da segunda em DVD ... e tem filmes que ficam melhor na tela grande e outros não...
Pode ser também.
Vamos aos fatos.
Sin City (A Cidade do Pecado) foi lançado 2005 com elementos importantes:
Baseado na obra homônima em HQ (História em Quadrinhos) de Frank Miller, cuja publicação na década de 90 seguiu a estética de filmes noir, tendo sido dividida em 13 histórias ambientadas na cidade fictícia de Basin City, com personagens recorrentes e entrelaçados.
A princípio Frank Miller não queria ver Sin City nas telas de cinema por conta de uma ideia anterior mal sucedida (Robocop II), porém, o diretor Robert Rodriguez havia feito um curta-metragem de uma das historias de Frank Miller ('The Costomer Is Always Right' - 'O Cliente Tem Sempre Razão') e o resultado foi tão bom que impressionou o autor e alguns atores, que aderiram ao projeto.

O elenco é um item a parte: Benício Del Toro, Jessica Alba, Bruce Willis, Rutger Hauer, Mickey Rourke, Elijah Wood, Brittany Murphy, Clive Owen e outros menos famosos mas nem por isso piores. O próprio Frank Miller participou como ator, além de Tarantino e Rodriguez com pequenas participações.
Outra curiosodade aconteceu quando o diretor Robert Rodriguez quis colocar o autor como diretor também, pelo simples fato de considerar que a estética criada por Frank Miller nas histórias em quadrinhos serviu como base para a concepção de direção. Parece que o sindicato americano não aceitou esta 'novidade'.
Quentin Tarantino dirigiu uma das histórias do filme e aparece nos créditos como 'Diretor Especial Convidado'.
A direção do filme é precisa e a adaptação do clima e da fotografia HQ é perfeita.
Os atores dão um show, sendo que Mickey Rourke no papel de Marv realmente impressiona.

A riqueza das cenas em preto-e-branco com alguns detalhes coloridos cativam até quem não é aficcionado por este estilo.
O filme foi quase todo produzido em chroma key e os cenários e detalhes de cores adicionados digitalmente, com qualidade absurda.
Se está tudo tão bom, por que não gostei tanto assim de rever?
Acho que foi o lado violento e sombrio das histórias de Frank Miller, em um dia em que eu queria ver mais paz e beleza - o que certamente não tira o brilho desta produção.
Mas eu recomendo e vou assistir de novo para ver o que eu acho desta vez.

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